sábado, fevereiro 15, 2014

Os caminhos para a riqueza

Quem nunca ouviu falar da banda Air Supply? Poucas bandas são tão respeitadas na história da música e uma das músicas mais incríveis de Air Supply se chama "making love out of nothing at all". Quando foi lançada em 1983 essa música alcançou a posição #2 do Billboard Hot 100 nos Estados Unidos. "Making love out of nothing at all" é antológica esteticamente, não é preciso entender de música para perceber isso. Quem escreveu? O que ele quis dizer com out nothing at all? Tudo isso é fruto de debate entre as pessoas que curtem essa banda formada pelos australianos Graham Russell e Russell Hitchcock em 1975.



Mas quem compôs "Making love out nothing at all"? O novaiorquino James Richard Steinman. This is the man! O que Hitchcock tinha de gênio na voz, James Steinman tinha de gênio para compor. Mistura explosiva não podia dar em outra coisa. Segundo informação da Wikipédia (com 7 referências), Steinman os considerava dois idiotas chatos australianos, mas precisava de dinheiro quando ofereceu a música então não podia recuar. Idiotas, chatos ou não, é certo que a mistura explosiva entre eles, cantores e compositor, causou uma das músicas mais brilhantes já gravadas.

Considerando este um site sobre empreendedorismo, feitas as observações iniciais, gostaria de chamar atenção para um dos trechos da música que diz "I know the roads to riches" (Eu sei os caminhos para a riqueza). De fato, Steinman, ao lançar a música com Air Supply mostrava-se um esperto empreendedor, já que ganharia por isso e teria seu nome eternamente associado a essa belíssima canção.

Mas quantos de nós quando se fala em empreendedorismo lembra de coisas não convencionais? Quantos pensam mecanicamente usando o piloto automático acreditando piamente que ganhar dinheiro só é possível de uma forma: trabalhando numa empresa ou órgão público, ou vendendo mercadoria. Não se cogita vender ideias, vender letra, vender sentimento, vender grandiosidade, vender brilhantismo, vender genialidade. E o mais incrível nesse baú de ouro invisível é que tudo isso está ao alcance da mente e do talento muito mais que as caríssimas joias da Tiffany & Co. Sim, já vivemos na era da imaginação, há muito tempo.

sexta-feira, agosto 09, 2013

Faturamento da indústria cresce 5,3% no primeiro semestre, aponta CNI

08/08/2013 - 18h23

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O faturamento da indústria nacional teve alta de 0,5% no mês de junho, comparado a maio. O aumento em junho contribuiu para o crescimento de 5,3% nas vendas do primeiro semestre em relação a igual período do ano passado, conforme os indicadores divulgados hoje (8) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Em junho, as horas trabalhadas na produção aumentaram 2,2%, ante o mês anterior; a oferta de emprego subiu 0,2%; o rendimento médio real cresceu 0,1%; e 0,8% no uso da capacidade instalada, passando de 81,9%, em junho de 2012, para 82,2%. No primeiro semestre, as horas trabalhadas na produção subiram 0,1% na comparação com igual período de 2012, a oferta de emprego registrou alta de 0,5% e aumentou em 1,4% o rendimento médio mensal.
A pesquisa da CNI aponta queda de 0,7% na massa salarial real em junho, em comparação a maio. Na relação com igual mês do ano passado, houve expansão de 3%. Porém, o ganho recuou para 1,9% na comparação entre os primeiros semestres deste ano e de 2012, por causa de desempenho menor da massa salarial de janeiro a junho, segundo o economista Marcelo de Ávila, da CNI.
Segundo a CNI, houve desempenho positivo na maioria dos setores da indústria de transformação no primeiros seis meses deste ano, comparados a igual período de 2012. “Observamos, porém, diferenças de desempenho entre os setores, com evolução heterogênea da atividade industrial”, disse o gerente executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.
De acordo com ele, o faturamento aumentou em 15 dos 21 setores pesquisados, as horas trabalhadas na produção cresceram em 12 setores e a massa real de salários subiu em 13 setores.
A pesquisa da CNI indica, com base no faturamento semestral, que as maiores evoluções ocorreram na fabricação de máquinas e materiais elétricos (22,72%), máquinas e equipamentos (16,14%), veículos automotores (14,63%), produtos diversos (12,6%) e vestuários (9,3%).
Em contrapartida, o faturamento do setor de bebidas caiu 10,43% e o de outros equipamentos de transporte – cuja produção inclui reboques, elevadores, bicicletas e navios – diminuiu 10,28%. Foram apontadas quedas também no faturamento de impressão e reprodução (6,74%), móveis (2,57%), indústria farmacêutica (2,21%) e metalurgia (0,05%).
Edição: Carolina Pimentel
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domingo, agosto 02, 2009

Suando a mente

A academia de musculação é um ótimo lugar para pegar umas marombas, puxar uns ferros e suar a camisa. Mas, sempre existem aqueles dias “morgados” em que entramos arrastados pela nossa consciência, enquanto nossa vontade, teimosa que é, quer mesmo é ficar em casa, ligar a TV enquanto descansamos com as pernas estiradas no sofá. Nosso corpo quer seguir a lei do menor esforço, mas isso é perigoso, pois precisamos de ação para favorecer a circulação sangüínea e evitar o sedentarismo, uma doença rara na atualidade quando as pessoas quase não usam carros, concordam? Ok, eu também discordo. Mas se é difícil suar o corpo, muito, mas muito mais difícil é suar a mente. SUAR A MENTE!??? Isso mesmo. E preste atenção, pois esse é o pulo do gato.

Primeiramente, antes de nos aprofundarmos, precisamos deixar claros alguns hobbies que ajudam no desenvolvimento mental. Um deles é o jogo de xadrez, pois força o pensamento complexo. A leitura também é muito importante para o desenvolvimento mental, primeiro porque ampliamos o nosso leque de conhecimento, depois porque estimula a criatividade e imaginação haja vista todas as idéias e cenas mentais que criamos ao ler. A poesia é outro caminho para o desenvolvimento mental já que se trata de um desafio à criatividade e à desinibição literária. Esses são só alguns exemplos de meios usados para o desenvolvimento mental. Mas, quero destacar um exercício que você pode praticar independentemente de estar jogando xadrez, lendo, ou descansando numa rede: “a imaginação”.

Para Albert Einstein “Imaginação é mais importante que conhecimento”. Concordo em gênero, número e grau. O conhecimento pode advir de um mero estudo dirigido, uma mistura de decoreba, compreensão e reflexão, como muitos que passam até mesmo em cursos muito concorridos como medicina baseados nessa fórmula muito antiga dos vestibulares. Mas imaginar depende somente de você, de seu esforço mental. E mais, o conhecimento é limitado ao que existe de palpável, escrito nos livros ou conhecido pelas pessoas. Você não pode criar algo novo quando conhece algo novo, pois você conheceu do que já é conhecido, já a imaginação é ilimitada, você pode imaginar trilhões de coisas e assim descobrir coisas novas para o mundo. Através do conhecimento você compreende o que os gênios descobriram, mas é através da imaginação que você se tornará um gênio e fará suas próprias descobertas. Por isso, o esforço mental de imaginar é mesmo mais importante que o conhecimento, pois está na vanguarda, na linha de frente, produzindo novas idéias, tornando anualmente pessoas milionárias ou bilionárias. Você quer ser bem sucedido? Comece a suar sua mente, imagine grandes idéias e empreenda grandes negócios.

Domenico Di Masi, sociólogo italiano e autor do festejado livro “O ócio criativo” revela que o trabalho poderia ser bem melhor se fosse aliado a lazer e estudo, algo bem mais descontraído e que certamente favoreceria o desempenho mental, enfim, a criatividade. Essas idéias lembram-me nitidamente uma palestra de Ariano Suassuna em que ele simplificou a idéia do ócio criativo. Imagine alguém deitado numa rede. Enquanto está deitado, parecendo um mero preguiçoso, sua mente está viajando, sim, viajando para terras longínquas ou procurando e achando idéias sobre as nuvens ou no coração do oceano. Num momento, num piscar, num pestanejar, num lampejo, lhe sobrevém a idéia que mudará seu futuro no mundo dos negócios ou na vida pessoal. Como assim? De um momento de preguiça na rede de balanço surgiu uma grande e genial idéia, porque por um momento o corpo descansou e deu lugar para que a mente trabalhasse.

O lado direito do cérebro, o menos usado, é aquele que apresenta o raciocínio não linear, emocional, subjetivo, espontâneo e intuitivo, enquanto que o lado esquerdo é bastante lógico, linear, analítico, relacionado à análise objetiva e matemática. É preciso que os dois lados trabalhem em harmonia, mas o problema é que o lado direito do cérebro às vezes fica empoeirado, é pouco usado, está precisando de uma faxina básica para voltar a gerar idéias e produzir criatividade através da imaginação. De acordo com a proposição do futurista Joel Rosnay tem que haver “uma mudança de paradigma, um salto cultural que consiste na passagem de um pensamento cartesiano, analítico, linear, seqüencial e proporcional para um pensamento sistêmico, não-linear e multidimensional”. Esse estilo de vida necessita de um esforço mental muito maior, a busca do raciocínio não linear, de coisas que estão invisíveis aos nossos olhos, mas que são as soluções tão desejadas para o nosso sucesso. Para solucionar o problema você precisa muitas vezes se colocar fora dele e olhar de longe. Saia do senso comum e viaje, procure novos horizontes de idéias e deixe sua mente flutuar num cruzeiro não linear pelo oceano. Force sua mente em busca de soluções geniais e éticas que lhe colocarão no caminho do sucesso.

Nilton Bonder, em seu brilhante livro “Idiche Kop – O segredo judaico para resolução de problemas”, nos trás uma importante compreensão do que é olhar além do que os olhos podem ver e ouvir além do que os ouvidos podem ouvir. É preciso forçar a mente em busca de novidades. Para tanto, é preciso que você amplie seu campo de visão e dê olhos à sua mente, olhos que vejam mais coisas, coisas que estão por perto ou talvez longe, mas que seus olhos físicos não alcançam. É preciso suar a mente em busca das grandes idéias flutuantes que pairam invisivelmente por sobre nós, mas não a vemos com olhos físicos. O segredo, é bem verdade, nunca esteve longe. O segredo está perto, talvez você ainda não olhou com os olhos certos. Ou melhor, talvez você não abriu os olhos certos de sua mente para notá-lo. Sua grande idéia de negócio não está na China, no Japão ou nas bolsas de Nova Iorque, mas aí pertinho, flutuando por sobre sua mente, mas você pode estar dormindo, “morgado”, como o atleta que vai à academia sem vontade de malhar. Desperte seus olhos mentais e veja o sucesso sorrindo para você.

Atualmente não basta ter conhecimento. Não estamos mais na era do conhecimento, pois a Internet e a globalização tornaram-no muito fácil e acessível. Muitos são os profissionais formados todos os anos que têm conhecimento e nem sempre sucesso. Agora estamos na era da imaginação, o diferencial para o sucesso não é apenas conhecer, mas também imaginar. Porém não fumos treinados para pensar, mas somente para aprender tudo prontinho. No mundo eletrizante do fast-tudo imaginar é algo muito lento. No entanto, é das imaginações que surgem as grandes idéias de negócios e da vida. E mais… Para você imaginar, basta ter uma mente. Você tem uma? Então comece a suar sua mente e imagine o caminho do seu sucesso! Mas depois não se esqueça de levantar-se do sofá e começar a trabalhar duro para concretizar sua imaginação. Pois é, rapadura é doce, mas né mole não.

sexta-feira, abril 27, 2007

Estados e Municípios Podem Receber até R$ 1 Bilhão Para Habitação de Famílias de Baixa Renda

Marcela Rebelo
Repórter da Agência Brasil


Brasília - A partir da semana que vem, estados e municípios interessados em recursos para investir em moradia e urbanização de assentamentos precários poderão participar da seleção pública de projetos do Ministério das Cidades. A verba vem do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS), que este ano conta com R$ 1 bilhão para ser usado na melhoria das condições habitacionais das famílias de baixa renda.

A partir da próxima quarta-feira (2), gestores de estados e municípios já poderão encaminhar suas propostas ao Ministério das Cidades, na forma de consulta-prévia, para participar da seleção. O prazo de envio segue até 4 de junho. As datas foram estabelecidas em uma instrução normativa do ministério publicada hoje (27) no Diário Oficial da União.

As consultas-prévias deverão ser enviadas por meio de um formulário eletrônico disponível no site do ministério. Na página é possível acessar também um manual com as regras para participar da seleção. As ações, por exemplo, devem atender famílias com renda mensal de até R$ 1.050, de modo a reduzir as desigualdades sociais e contribuir para uma ocupação urbana planejada. Podem ser projetos de pavimentação de assentamentos, abastecimento de água, ligação de energia elétrica, entre outros.

Quem tiver dúvidas pode ligar para a Secretaria Executiva do ministério nos telefones (61) 2108-1631 / 2108-1608 ou para a Secretaria Nacional de Habitação, nos telefones (61) 2108-1666 / 2108-1793 / 2108-1963. As perguntas podem ser enviadas também pelos e-mails gab.secretariaexecutiva@cidades.gov.br e snh-ghis@cidades.gov.br

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Lei Geral
Lula Sanciona a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas

Reportagem: Dilma Tavares
Foto: Márcia Gouthier/ASN

Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, às 17h15 de quarta-feira do dia 14 de dezembro de 2006, a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, sob aplausos de mais de mil pessoas que lotaram o Salão Nobre e o Mezanino do Palácio do Planalto. Estavam presentes empresários, integrantes do Sistema Sebrae e entidades representativas do segmento, além de ministros, deputados federais e senadores. Todos aplaudiram de pé a assinatura da lei, considerada a primeira política pública, de âmbito nacional, voltada para os pequenos negócios do País.

“Eu diria aos meus companheiros de governo, aos deputados e senadores e aos empresários, que a aprovação dessa Lei é apenas a confirmação da certeza de que é muito mais fácil a gente ser justo e fazer as coisas boas. Foi isso que aconteceu com essa Lei”, disse Lula. O presidente espera que a nova legislação signifique ganhos para toda a população.

“Eu espero que no próximo ano a gente possa fazer uma festa para comemorar os ganhos do povo brasileiro com a aprovação dessa Lei”, afirmou. Para o presidente, a Lei Geral significa “uma grande esperança". Ele lembrou o trabalho realizado pelo Sebrae e entidades representativas do segmento em favor da lei, referindo-se especialmente ao presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, e ao presidente do Conselho Deliberativo Nacional da Instituição e da Confederação Nacional da Indústria, Armando Monteiro.

Participaram da cerimônia os ministros da Casa Civil, Dilma Roussef, do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Paulo Bernardo, além dos presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Aldo Rebelo.

A cerimônia foi aberta com discurso de Armando Monteiro, representando a Frente Empresarial pela Lei Geral. Ele classificou a Lei como “uma reforma tributária inteligente que, ao final, alcança uma parcela muito expressiva do universo empresarial do País”. Ele relacionou vários benefícios incluindo a área tributária, a simplificação de procedimentos e o incentivo à formalização. "O alcance social dessa lei é uma aposta inteligente na formalização. E hoje o Brasil tem um gravíssimo problema na área do mercado de trabalho que é a informalidade crescente", lembrou.

Durante o evento Paulo Okmamotto também destacou os benefícios da Lei Geral, a importância das mobilizações e da união nacional em torno dela e lembrou que o trabalho não termina com a sanção. Agora, começa a etapa da regulamentação e o trabalho para fazer com que seus benefícios cheguem aos empresários. “É preciso fazer com que os efeitos da Lei cheguem efetivamente aos beneficiários, os pequenos empreendedores nas cidades e nos lugares mais distantes”, disse Okamotto, assegurando que o Sebrae se empenhará na articulação para o cumprimento da lei.

O ministro Furlan lembrou que, à exceção dos efeitos fiscais contidos no capítulo tributário, os dispositivos da Lei Geral entram em vigor a partir da data da sua publicação, possibilitando aos empresários “desfrutar seus benefícios de imediato”. A sua avaliação é que a Lei trará "aumento significativo” na competitividade das micro e pequenas empresas. A previsão, disse Furlan, é que a Lei resulte na formalização de “um milhão, talvez até de três milhões” de micro e pequenos empreendimentos, conforme números informados na última Plenária do Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte.

Novo tempo


A cerimônia contou com depoimento da empresária Nerci Oliveria, dona de uma pequena empresa da área de confecção para noivas em Goiânia, capital de Goiás. Ela arrancou aplausos ao dizer da esperança que a Lei representa para o seu empreendimento e para a própria forma de pensar dos empresários. “Sou uma empresária que começou de baixo, tenho 22 funcionários e tenho o sonho de exportar, mas tinha muito medo de investir. Vamos mudar essa situação a partir de hoje, queremos pensar de forma diferente”, disse.

Leia a íntegra da Lei no link: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp123.htm

quarta-feira, dezembro 20, 2006

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Lula diz que Lei Geral da Micro e Pequena Empresa Contribui para “Destravar” o País

Ana Paula Marra - Repórter da Agência Brasil


Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse depois de sancionar a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa que a medida era mais uma demonstração “extraordinária” de que o país precisa ser destravado. Lula disse acreditar que a lei vai melhorar a vida de milhões de brasileiro “pois vai reduzir impostos, a burocracia, e conseqüentemente estimular a geração de emprego e renda e o crescimento econômico do país”.

Em entrevista à imprensa, o presidente destacou a importância de o país criar outros mecanismos que visem o “destravamento” do Brasil. “Essa lei levou um ano e meio para ser votada, foi aprovada quase que por consenso no Congresso Nacional, e ainda vai melhorar a vida de milhões de empresas pequenas no Brasil. Nós agora precisamos criar outras mecanismos para continuar destravando o Brasil”.

Lula afirmou que o Brasil não pode mais perder nenhuma oportunidade para desenvolver, como fez ao longo dos séculos 19 e 20. “Eu penso que o Brasil perdeu oportunidades históricas no século 19 e 20, e nós não temos o direito de perder nenhuma oportunidade no século 21. Nos estamos competindo não apenas com as economias já consolidadas, como Europa, Estados Unidos e Japão. Estamos competindo com economias emergentes, como China, Índia e Rússia, que oferecem muito mais facilidade para a atividade industrial, para os investimentos, para o crédito, que o Brasil”.

O presidente reconheceu a importância da contribuição dos deputados e senadores em aprovar a lei. “Estou feliz porque a Câmara e o Senado deram a demonstração de que quando a causa é nobre não tem coloração partidária, não tem viés ideológico. Simplesmente as pessoas votam porque acham que tem de votar”, afirmou.

Conhecida como Supersimples, a lei estabelece um regime tributário diferenciado para as micro e pequenas empresas que faturam até R$ 2,4 milhões por ano com redução de impostos e menos burocracia. O capítulo tributário da lei só passa a vigorar a partir de 1º de julho de 2007.


terça-feira, novembro 28, 2006

Diretor do Sebrae diz que a Polêmica Sobre SuperSimples é Desnecessária

Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A polêmica gerada pela dispensa, às micro e pequenas empresas, da contribuição para as entidades privadas de serviço social e de formação profissional, que integram o chamado Sistema S, não tem razão de ser, afirma o diretor-superintendente do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Rio de Janeiro (Sebrae-RJ), Sérgio Malta.

O Sistema S é formado por organizações criadas pelos setores produtivos (indústria, comércio, agricultura, transportes e cooperativas) com a finalidade de qualificar e promover o bem-estar social de seus trabalhadores.

“Todo mundo abriu mão da contribuição. Para facilitar a vida da pequena empresa e a sua formalização, foi necessário tirar das costas das pequenas empresas uma carga burocrática e uma carga tributária”.

Segundo ele, a União vai abrir mão de R$ 5 bilhões de impostos por ano. O mesmo ocorre em relação a estados e municípios, que vão reduzir a carga tributária para esse segmento econômico. "O Sistema S, na negociação que houve no Congresso, concluiu também pela isenção da contribuição”.

Na avaliação dele, a maior perda no sistema será sentida pelas entidades ligadas ao comércio, como Sesc e Senac. “Porque a participação da pequena empresa no comércio e nos serviços é proporcionalmente maior que na indústria, onde há grandes conglomerados, que aumentam a contribuição do setor ao sistema Sesi/Senai. Então, o comércio vai sofrer um pouco, mas foi uma negociação e vamos ter que nos adaptar”.

Para o executivo, o mais importante foi a aprovação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, que passou esta semana na Cãmara dos Deputados e deve entrar em vigor em 1º de julho de 2007.

“O mais importante é criar essa carta de alforria para as pequenas empresas poderem se libertar das amarras e poder, realmente, passar a contribuir para o desenvolvimento econômico e social do país”.