segunda-feira, maio 29, 2006

Comentário Empreendedor
Concessão de Regalias Embaraça a Lei


O Brasil presenciou um cena que gerou muita contestação, principalmente para aqueles que tem sede de justiça. Suzane von Richthofen, réu confessa da morte dos pais, deixou hoje a prisão com destino a casa do seu advogado, onde ficará até ser julgada, na próxima segunda (dia 5).

Seguindo no mesmo embalo, os advogados dos irmãos cravinhos também pediram a prisão domiciliar. Segundo testemunhas na prisão, Suzane gozava de certas regalias.

Até quando a justiça brasileira será tão cega a ponto de permitir um mal exemplo que pode gerar mais regalias para inúmeros criminosos? O que está em xeque é credibilidade do cumprimento da lei no Brasil. Não parece haver seriedade principalmente para aqueles que detém maior poder aquisitivo.

Além de tudo, os advogados de Suzane ainda querem isentar a participação do júri popular por considerá-la corrompida pela mídia. Imagine quantas pessoas podem usar este mesmo argumento só porque a mídia tem uma posição naturalmente contrária a impunidade.

Não pode existir duas leis. É preciso sede de justiça para que atitudes como essas não sirvam de incentivo para que as pessoas pensem que no Brasil, bastando ter dinheiro, pode-se sair impune mesmo praticando barbaridades.

quarta-feira, maio 24, 2006



A FOLHA DO EMPREENDEDOR é um periódico mensal que se propõe a difundir a cultura empreendedora no Brasil.

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terça-feira, maio 23, 2006

Biografia
John Davison Rockefeller


John Davison Rockefeller, nasceu em 8 de Julho de 1839 em Richford, Nova Iorque, e faleceu em 1937. Foi o fundador da primeira companhia petrolífera norte americana, a Standard Oil.Sua origem familiar é modesta. A mãe era muito religiosa e inculcou nos filhos esse pendor. O pai tinha pouco dinheiro para vestir os quatro filhos e duas filhas. Concluiu a escola secundária e procurou um emprego.

Em 1855, Rockefeller começou o seu primeiro emprego. A partir daí passou a festejar todos os anos o aniversário do seu primeiro emprego: o seu "Jobday". Era contabilista num grande armazém de retalho. O único dia livre era o domingo, passado na igreja, onde para além da frequência do culto ele varria o chão da igreja, escrevia as atas das reuniões e ensinava a Bíblia às crianças. O trabalho e a fé religiosa foram os pilares da sua vida.

Seus primeiros negócios
Em 1859, três anos e meio depois do seu "Jobday", pediu um aumento ao ser patrão, que foi recusado. Então achou que já aprendeu o suficiente. Despediu-se e juntamente com o seu amigo inglês Maurice Clark, fundou um armazém de retalho. Na guerra civil americana, venderam comida e roupa para os soldados. Negociaram com farinha, sal, sementes, carne de porco e depois passaram a comerciar um novo produto: petróleo da Pennsylvania, usado para os lampiões, nas habitações.

Comprou com o seu sócio uma pequena refinaria. Recorrendo a crédito, investiu na expansão da mesma. Acabou por comprar a totalidade da empresa em 1865. Com o sócio Henry Flagler, antigo produtor de sal, fundou a Standard Oil Company.

A indústria do petróleo floresceu e a Standard Oil tornou-se o líder deste novo mercado, tornando-se um monopólio.No início da década de 1880, a Standard Oil e suas dependentes já controlavam cerca de 90% das refinarias americanas. Até que em 1911 o tribunal supremo decidiu o desmantelamento do monopólio e ordenou a criação de 34 pequenas novas empresas, das quais resultaram: Exxon, Chevron, Mobil e a Amoco.

Mas a essa atura, John Rockefeller já tinha se tornado o homem mais rico do mundo. Então, passou a dedicar-se agora às suas obras de beneficiência.Para si e sua família preferiu uma vida modesta. Seus filhos receberam uma mesada menor do que as outras crianças. Levantava-se cedo, trabalhava duro e ia para a cama. Aos domingos ia à igreja.
Abril de 2006
Surge a Onda do Biodíesel

Com Agência Brasil

De acordo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva o Brasil é imbatível na produção de fontes de energia alternativa, como o biodiesel e a energia eólica (gerada pela força dos ventos).

"Nós temos todas as condições. Nós temos terra, nós temos trabalhadores, nós temos conhecimento científico e tecnológico". O presidente ressaltou que para se tornar uma grande potência, o Brasil precisa produzir energia limpa e renovável. "Eu acredito que o Brasil, que jogou fora a chance no século 19, o Brasil que não aproveitou a chance do século 20, o Brasil não desperdiçará o século 21. Nós vamos nos transformar em uma grande potência econômica. Essa grande potência econômica passa por sermos uma potência no campo da energia".

A Petrobrás também está atenta para essa nova oportunidade de energia. Conforme o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, existe a perspectiva de ampliar a produção do biodiesel e do álcool como alternativa para a substituição do petróleo como fonte energética.

Enquanto no Brasil, o clima é de aproveitar as novas oportunidades como a produção do biodíesel, na Europa não é diferente. Os europeus estão preocupados em estimular a oferta de culturas voltadas à produção de biocombustíveis e matérias-primas renováveis. É o "ouro verde", segundo afirma o presidente da Comissão Agrícola do Parlamento Europeu, o deputado francês Joseph Daul.

Na prática, a estratégia significa produzir trigo, açúcar, sorgo, milho, batata e outros cultivos voltados a etanol e biodiesel, além de papel, polímeros biodegradáveis, adesivos, colas, agroquímicos, detergentes e tintas. Atualmente, a União Européia destina 3,6 milhões de toneladas de sua produção anual de cereais para matérias-primas renováveis, e prevê aumentar o volume para 5,5 milhões nos próximos anos, segundo o jornal Valor Econômico.

Mas o governo brasileiro está pensando além. Na pauta da reunião com países da América Central, o governo tem intenção de desenvolver opções de negócios bilaterais. Fazem parte dessa pauta os setores de energias renováveis - etanol, biodiesel, solar, pequenas centrais hidrelétricas, além de infra-estrutura, linhas de transmissão elétrica; têxtil e confecções; serviços bancários; supermercados; tecnologia da informação; franquias e turismo.

Mas o biodíesel não tem sido uma opção interessante apenas para governos. O presidente da Microsoft Corp, o bilionário Bill Gates, pretende investir US$ 84 milhões na produção de etanol e alguns de seus colegas, também pioneiros na área de informática, estão seguindo seu exemplo na expectativa de que o setor de tecnologia possa vir a ajudar os Estados Unidos a se livrarem de sua dependência do petróleo.

De acordo com a Gazeta Mercantil, a Cascade Investments LLC, de Gates, comprou no último dia 13 uma participação na Pacific Ethanol Inc., empresa de Fresno, no Estado americano da Califórnia, que afirma que se tornará a maior comercializadora de combustível fabricado a partir do milho da Costa Oeste dos EUA. Vinod Khosla, fundador da Sun Microsystems Inc., a quarta maior fabricante de servidores de rede, está financiando pesquisas sobre a utilização do etanol como combustível.

O século XXI começa com a busca por novas fontes de energia, o que definirá os novos Rockefellers, desta vez, não do ouro negro, mas do ouro verde. Quem se habilita a se aventurar neste mercado? As coisas estão apenas começando. Quem surfar esta onda pode estar entrando num dos grandes negócios do século XXI.

terça-feira, maio 16, 2006

Biografia
Marcos Pontes: Primeiro Astronauta Brasileiro no Espaço


O tenente-coronel Marcos César Pontes nasceu em Bauru, interior paulista, em 11 de março de 1963. Torcedor do Santos, Pontes é filho do funcionário do Instituto Brasileiro do Café, Vergílio de Pontes e da funcionária da Rede Ferroviária Federal, Zuleika Navarro Pontes e casado com a potiguar Francisca de Fátima Cavalcanti e tem dois filhos.

Desde criança Marcos Pontes quis ser astronauta. Na cidade que fica a 300 km da capital paulista, Pontes desenhava aviões em cadernos, ia ao aeroclube da cidade para ver a Esquadrilha da Fumaça e gostava das visitas ao local de trabalho de seu tio Oswaldo, a Academia da Força Aérea (AFA).

Aos 14 anos, Marcos Pontes começou a trabalhar como aprendiz de eletricista pela manhã, estudava no curso técnico na Rede Ferroviária Federal à tarde e eletrônica à noite. Três anos depois, Pontes
se inscreveu no processo seletivo da AFA e se tornou o cadete 81/194.

Em 1984, Marcos Pontes se formou em tecnologia aeronáutica pela Academia da Força Aérea (AFA), sendo habilitado para pilotar aviões. No ano seguinte começou a sua trajetórias de viagens pelo país. Transferido para Natal (RN) para fazer o curso de piloto de caça, conhece sua futura esposa. Em 1986 trocaria o sol do nordeste pela cidade de Santa Maria (RS) devido a sua inclusão no "Esquadrão Centauro". Três anos depois o casal e seu primeiro filho Fábio retornaram ao interior paulista. Em 1993, Pontes concluiu o curso de engenharia aeronáutica no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos (SP). Durante o curso do ITA nasceu Ana Carolina.

Como piloto de caças da Força Aérea Brasileira (FAB), o tenente-coronel Marcos Pontes
tem mais de duas mil horas de vôo. O tenente-coronal já pilotou todos os modelos de jatos da frota da FAB. Por isso foi escolhido pelo governo brasileiro a ser seu representante na Estação Espacial Internacional. Em junho de 1998, foi selecionado pela Agência Espacial Brasileira (AEB) para fazer parte do programa espacial da NASA. Dois meses depois, Pontes já estava em treinamento na agência espacial estadunidense. Em dezembro de 2000 tornou-se oficialmente astronauta da NASA.

Marcos Pontes foi condecorado com a medalha de Honra ao Mérito da Academia da Força Aérea e recebeu vários prêmios como reconhecimento pelo esforço deste que entrou para a história como primeiro astronauta brasileiro no espaço.


Março de 2006
Brasil Ocupa Sétimo Lugar no Ranking dos Empreendedores

Beatriz Borges - Agência Sebrae de Notícias

O Brasil continua no sétimo lugar no ranking de 37 países pesquisados pelo Global Entrepreneurship Monitor (GEM), que mede o grau de empreendedorismo no mundo. A posição só não é melhor que a de países como Venezuela (25%), Tailândia (20,7%), Nova Zelândia (17,6%), Jamaica (17%), China (13,7%) e Estados Unidos (12,4%).

A pesquisa GEM, ano-base 2005, revela que existem no País 13 milhões de empreendedores em estágio inicial, classificados como aqueles que têm até três anos e meio de atividade. O incentivo para a abertura desses negócios, na avaliação do diretor-executivo do Centro de Estudos de Economia Sindical e do Trabalho (Cesit), Márcio Pochmann, está relacionado também à situação atual brasileira com a entrada em vigor da MP do Bem, a perspectiva da aprovação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas pelo Congresso Nacional, a redução do ICMS para micro e pequenas empresas que trabalham com produtos de cestas básicas, a inserção do tema empreendedorismo nas escolas, além de programas governamentais e de outras instituições que beneficiem as pequenas empresas.

"É preciso estar preparado para apoiar esses empreendimentos e promover políticas públicas que beneficiem esses negócios", afirmou Márcio Pochmann.

Este ano a pesquisa destacou ainda que 27% dos brasileiros com novos negócios têm investido no setor de alimentação, seguido pelo setor de vestuário e confecções, que respondem por 14% dos negócios iniciais.

As mulheres também tiveram destaque nesta quinta edição da pesquisa, já que aponta o público feminino brasileiro como sendo o sexto mais empreendedor do mundo, ficando atrás apenas da Venezuela (23,86%), Tailândia (19,33%), Jamaica (15,69%), Nova Zelândia (13,75%) e China (11,6%).

Quanto à motivação do empreendedor, os negócios por oportunidade no Brasil totalizam cerca de sete milhões de negócios, contra seis milhões de empreendimentos que nascem por necessidade.
"O empreendedorismo brasileiro vem ganhando destaque mundial, maior até que o do País considerado com mais mentalidade empreendedora do mundo, os Estados Unidos, mas que na verdade não a tem. O desejável é que tivéssemos mais negócios por oportunidades e que muitos desses tivessem orientação para que obtivessem mais sucesso, principalmente nos primeiros anos de vida", avaliou o diretor-técnico do Sebrae Nacional, Luiz Carlos Barboza.

A divulgação da pesquisa aconteceu durante uma teleconferência, que também contou com a participação do diretor-geral do GEM Brasil, Marcos Muller Schlemm, a coordenadora técnica da pesquisa, Simara Greco, o pesquisador-sênior do GEM Rodrigo Rossi, o gerente da Unidade de Atendimento Individual do Sebrae, Enio Pinto, e colaboradores de todo o Sistema Sebrae.
Conde Matarazzo


Francisco Matatarazzo nasceu em 9 de março de 1854 na cidade de Castelabate, na província de Saterno, no sul da Itália. O mais velho dos filhos do médico Costábile Matarazzo precisou parar de estudar para trabalhar, quando o pai faleceu em 1873.

Em 1881, já casado e com dois filhos, decide-se mudar com a família para o Brasil . Traz algum dinheiro e uma partida de queijos e vinhos, que se perde quando o barco afunda no porto. Ele nunca revelou quantas liras trouxe, apenas dizia que era "um milhar". Com o dinheiro que veio no bolso, inicia seus negócios, abrindo uma casa comercial em Sorocaba, na época um dos principais pólos comerciais do Estado.

Matarazzo percebe a demanda por banha e decide investir na compra de porcos, mesmo não tendo terras para criá-los. Deixava os animais com fazendeiros antes de vendê-los aos fabricantes de banha. Logo seu patrimônio cresceu e ele decidiu montar sua própria fábrica.

Em 1890 traz da Itália seus irmãos Giuseppe e Luigi, com os quais cria a empresa Irmãos Matarazzo, com filiais em São Paulo e Porto Alegre. Eles dedicavam-se à importação. Pouco depois, com um empréstimo de 600 contos de réis do London and Brazilian Bank
compra na Inglaterra equipamento de moagem de trigo e passa a fabricar aqui a farinha que antes importava.

Embora morasse no Brasil, Francisco Matarazzo visitava a terra natal e em 1917 recebeu do rei Vitório Emanuel III o título de Conde.

Em 1928, ao lado de Roberto Simonsen, fundou o Centro das Indústrias de São Paulo, do qual foi o primeiro presidente. Ao completar 80 anos, em 1934, o Conde Matarazzo tinha um dos 500 maiores grupos empresariais do mundo: um império de 365 indústrias que fabricavam da banha até pregos, passando por papel e açúcar.

As indústrias Reunidas F Matarazzo empregavam com 30 mil funcionários e alcançavam faturamento bruto mensal de 350 mil contos de réis, enquanto a receita do Estado era de 400 mil contos de réis.

O Conde Francisco Matarazzo morreu em 1937, deixando o império aos seus 12 filhos vivos, dos 13 que teve. O comando das indústrias ficou com o quinto filho homem, Francisco Matarazzo II, conhecido como Conde Júnior ou Chiquinho.

O grupo não resistiu ao pós-guerra, às crises do mercado brasileiro e aos problemas de sucessão e, ao longo dos anos, boa parte do patrimônio da família foi vendido.
Fevereiro de 2006
Governo Pretende Criar 10 Novas Universidades e 42 Campi Até 2007

Marcela Rebelo - Agência Brasil

Democratizar o ensino superior, principalmente, no interior do país. Esse é um dos objetivos do Ministério da Educação nos próximos anos, segundo o secretário nacional de Ensino Superior, Nelson Maculan. Ele participou de entrevista coletiva em rede de rádio para emissoras parceiras da Radiobrás do Norte e Nordeste do país.

De acordo com Maculan, o programa Expandir – projeto de expansão universitária do governo – investirá, até 2007, cerca de R$ 600 milhões em 68 municípios. Desse total de recursos, aproximadamente R$ 190 milhões já foram aplicados em 2005. "Além de recuperar o que existe, temos também que avançar para democratizar o ensino no interior", destacou o secretário.

A meta do governo, com o Expandir, é criar 10 novas universidades e 42 novos campi. As ações são basicamente no interior do Brasil ou nas periferias das grandes capitais. "O objetivo é tirar a educação das grandes capitais para poder democratizá-la. Muitas vezes é difícil para o aluno sair da sua cidade para a capital com todos os custos adicionais", lembrou Maculan.

Na entrevista, ele reconheceu que, nos últimos 11 anos, foram "insuficientes" os recursos para manter as faculdades federais do país. "Houve realmente um sucateamento de algumas áreas e estamos tentando recuperar esse trabalho", disse o secretário de Ensino Superior.

Segundo ele, o MEC estuda com representantes locais as demandas de cada região. "Carência de professores, curso de agronomia, de engenharia, sociologia. Essa discussão está sendo feita olhando um pouco o dia-a-dia e a capacidade da universidade mais próxima que serve de universidade central", explicou Maculan.

sexta-feira, maio 12, 2006

Sam Walton


A história da rede Wal-Mart confunde-se com a história do seu fundador, Samuel Moore Walton, mais conhecido como Sam Walton, nascido em 29 de março de 1918, em Kingfisher, Oklahoma.
Na infância, junto com seu irmão James, ajudava os pais ordenhando vacas, entregando e vendendo assinatura de jornais. Já na época de estudante, foi eleito o rapaz mais versátil e tornou-se presidente do corpo de estudantes. Formou-se em economia no ano de 1940. No entanto, a primeira experiência profissional foi como trainee numa loja em Oklahoma.

Ao comentar sobre o seu começo humilde, Sam declarou sua paixão pelo mundo das vendas: "Não comecei como banqueiro, ou como investidor ou fazendo alguma coisa que não fosse atender os clientes. Muitos dos dirigentes de grandes companhias jamais abriram uma caixa registradora, nem atenderam clientes. Por isso sempre valorizei a figura do vendedor e sei como uma pessoa de vendas pode influenciar um cliente numa relação comercial."

Walton morreu em 5 de abril de 1992, em Little Rock, Arkansas/EUA, na posição de segundo homem mais rico do mundo.

quarta-feira, maio 10, 2006

Janeiro de 2006
Balança Comercial Atinge Resultados Históricos

Mesmo com a valorização do real frente ao dólar, os números da balança comercial, no ano passado, atingiram recordes históricos em todas as variantes. As vendas externas, por exemplo, já com a meta ultrapassada na semana anterior, chegaram a US$ 118,309 bilhões. As compras do mercado interna-cional, alcançaram US$ 73,545 bilhões, resultando num saldo positivo (exportação menos importação) de US$ 44,764 bilhões. Estes resultados nunca haviam sido alcançados.

Do lado das exportações, o grande destaque de 2005 foram os manufaturados, produtos com alto valor agregado, cujo aumento de 23,5% sobre o mesmo período de 2004 se deve ao aumento das quantidades embarcadas e não à elevação dos preços internacionais. Nesta categoria, destaque para o crescimento de celulares (+99,6%), veículos de carga (+50,4) e automóveis (+31,6%). Além disso, os produtos manufaturados foram os que mais contribuíram para a ele-vação das exportações de 2005 sobre 2004, ao gerar acréscimo de divisas de US$ 12,197 bilhões, seguido dos básicos (+US$ 6,204 bilhões) e semimanufaturados (+ US$ 2,530 bilhões). Com este bom desempenho, as manufatu-ras já respondem por 55,1% da pauta de exportação brasileira.

Já os básicos e os semimanu-faturados, no ano passado em comparação com 2004, tiveram crescimentos de 22,2% e 19,3%, respectivamente, influenciados pelo aumento dos preços externos.
Minério de ferro (+98,8%), carne de frango (+51,7%) e petróleo em bruto (+41,9%) foramos principais produtos básicos exportados. No caso das semi-manufaturas destaque para celulose (+117,5%), açúcar em bruto (+12,1%) e ferro fundido (+27,7%).

Por segmento, o de material de transporte, com US$ 19,1 bilhões e participação na pauta de 19,2%, foi o principal setor exportador do ano passado, seguido de produtos metalúrgicos (US$ 12,6 bilhões e participação de 10,7%) e complexo soja (US$ 9,5 bilhões e participação de 8%).

Por mercados de destino, o aumento para regiões não tradicionais como Europa Oriental (+55,8 %), África (+41,4%) e Ásia (+27,9%), mostram que a diversificação de mercados teve prosseguimento em 2005 se tornando um fator importante para a alta das exportações no ano passado. Os principais países de destino de nossos produtos foram Estados Unidos (US$ 22,7 bilhões), Argentina (US$ 9,9 bilhões) e China (US$ 6,8 bilhões).

Outro fator importante no ano passado foi o aumento, se comparado com 2004, das vendas externas de estados com pequena participação na pauta. Neste período, das vinte e sete Unidades da Federação, dezessete registraram taxas de expansão superior a das exportações brasileiras de 23,1%. Distrito Federal (+106%), Amazonas (+86%) e Amapá (+63,9%), foram os estados com o maior crescimento relativo.
No caso das importações, todas as categorias de produtos obtiveram crescimentos em 2005: bens de capital (+27,4%), bens de consumo (+24,2%), combustíveis e lubrificantes (+16,2%) e matérias-primas e intermediários (+13,1%). Com estes resultados recordes, a corrente de comércio brasileira (exportação + importação) atingiu um novo patamar superando os US$ 190 bilhões em 2005, valor 20,9% superior aos US$ 159 bilhões de 2004.